Serão momentos formativos, de exposições e debates em torno do lema dos
10 anos, aprofundando as linhas de ações e enfrentamento que se conectam
diretamente com as necessidades atuais da nossa conjuntura. As atividades
acontecerão das 19h às 20h30, e contarão com certificado de participação.
DIA 12 – CONTRA O
AGRONEGÓCIO, POR SAÚDE
Serão discutidas as
relações entre o modo de produção do agronegócio e as consequências para a
saúde e o ambiente, aprofundando a compreensão de como a exposição a
agrotóxicos favorece o surgimento de doenças ou agrava condições preexistentes,
aumentando a vulnerabilidade para outras morbidades. Também refletiremos sobre
como a pandemia da COVID-19 tem sido utilizada como pretexto para a
necropolítica brasileira, criando oportunidade para a flexibilização da legislação
de agrotóxicos, para a liberação em massa de produtos, por meio de normativas
infralegais, e para a aprovação do Pacote do Veneno.
Por outro lado,
também serão apresentadas resistências que surgem do povo: a formação de
agentes populares de saúde e os cuidados populares em saúde como ação de
solidariedade e como estratégias para existência da classe trabalhadora, frente
a negação de direitos como o acesso à serviços de saúde, à alimentação, moradia
e renda.
Participações
confirmadas:
- Allan Campos (Departamento
de Geografia da USP): Pandemia e agronegócio: modo de produção do
agronegócio como fábrica de patógenos para humanos.
- Aline Gurgel (Fiocruz-PE):
Exposição aos agrotóxicos e aumento da vulnerabilidade a doenças
infecciosas: o contexto da necropolítica brasileira.
- Paulette Cavalcanti
(Fiocruz-PE): O povo cuidando do povo: formação de agentes populares de
saúde e os trabalhos desenvolvidos nas comunidades (produção de hortas
comunitárias orgânicas e medicinais, banco de alimentos).
Inscreva-se aqui: https://bit.ly/3sr4txU
DIA 13 DE ABRIL:
CONTRA O AGRONEGÓCIO, POR JUSTIÇA SOCIAL
Com o objetivo de
inspirar outros territórios, serão compartilhadas as experiências de
resistência construídas no Ceará que, por meio da Lei Zé Maria do Tomé, proíbe
a pulverização aérea em todo território estadual, e no Rio Grande do Sul, cuja
luta levou à suspensão do herbicida 2,4D após a contaminação pela deriva do
veneno.
Essas conquistas
mostram caminhos de articulação e organização regionais que reverberam em
outros territórios e são exemplos do que buscamos de projeto nacional,
evidenciando rumos de ações concretas para construí-lo. A atividade contará com
a participação de agricultoras e agricultores militantes de movimentos sociais
e advogadas populares.
Participações
confirmadas:
- Reginaldo Ferreira de Araújo
– Ativista ambiental e social no Movimento 21. Historiador e pedagogo.
Mestre em educação. Limoeiro do Norte/CE.
- Álvaro Delatorre – Setor
Produção/Certificação Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade
(OPAC) da Cooperativa Central dos Assentamentos do RS (COCEARGS).
- Rede Nacional de Advogados e
Advogadas Populares (RENAP).
Inscreva-se aqui: https://bit.ly/3sr4txU
DIA 14 DE ABRIL:
CONTRA O AGRONEGÓCIO, POR COMIDA
Vamos dialogar
sobre o direito humano à alimentação saudável e adequada e sobre a violação
desta necessidade vital, diante do alastramento da fome, agravada pela pandemia
e pela política genocida deste governo. “Quais as relações estruturais da fome
com o racismo? E com o agronegócio?”; “Quais as saídas coletivas que podemos
dar para esta situação?”, são algumas das reflexões abordadas no diálogo.
Em contraponto,
também serão evidenciadas a agroecologia como resistência dos povos produtores
de comida de verdade e as ações de solidariedade entre a classe trabalhadora,
enfrentando o mal estar produzido pela ética do mercado.
Participações
confirmadas:
- Fran Paula (FASE): Dados
sobre a fome no Brasil. Fome e Racismo e Pandemia. As reformas e o
desmonte da estrutura de direitos do Povo e a crise.
- Silvio Porto (Universidade
Federal do Recôncavo Baiano – UFRB): Agronegócio e Pandemia – a questão do
abastecimento de alimentos e o agronegócio como produtor de commodities e
não comida.
- Frei Sérgio (MPA): O
agronegócio e sua relação com a fome, a resistência da agroecologia, da
agricultura camponesa.
- Comida de Verdade e
Agroecologia (MST, MPA, MMC, quilombola, indígena).
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